Em Portugal, como em numerosos países desenvolvidos, a Engenharia de Superfícies (ES) foi quase sempre tratada como uma área adicional que servia, quer do ponto de vista científico, tecnológico ou industrial, para “ajudar” a melhorar o desempenho de um material ou componente específico. Além disso, em muito poucos casos, as entidades não empresariais do sistema SI&I, ou o tecido industrial, pensaram na ES como forma de desenvolver e fabricar produtos sob a forma de filmes finos. Em qualquer uma das situações, a atuação quer das empresas quer das entidades não empresariais do SI&I foi quase sempre efetuada duma maneira não concertada, sem tirar proveito da competência e conhecimento cada vez maiores que estavam disponíveis. Ora, esta aproximação desarticulada está longe de ser eficiente e de trazer mais-valia económica para o país.
A ES começou por ser a solução óbvia para materiais aplicados em componentes aos quais eram exigidos um aumento crescente de funcionalidades. Esta situação exigia muitas vezes propriedades antagónicas impossíveis de satisfazer com um só material. A modificação da superfície destes materiais podia conferir localmente valências ao produto final que não interferiam com o comportamento do material de base, contribuindo para aumentar significativamente o desempenho global do componente.
Objectivo Principal:
Reforçar a investigação, o desenvolvimento tecnológico e a inovação.
O On-SURF pretende associar empresas e instituições do sistema IDT, a colaborar numa área/sector específico, contribuindo para o seu desenvolvimento e aumentando a sua competitividade nos mercados nacionais e internacionais. Este Mobilizador diferencia-se com a criação de um conhecimento sustentado, que seja transversal a diversos setores económicos e Clusters de competitividade, de vital importância para o país.
A engenharia de superfícies e de revestimentos técnicos avançados pode ser considerada como o elo de ligação de vários sectores: Automóvel, Aeronáutica, Ferramentas & Moldes, Saúde e Eletrónica capaz de prolongar o tempo de vida de componentes e ferramentas utilizados por estes sectores ou fornecer aos produtos/ferramentas propriedades inexistentes em materiais que não são tratados superficialmente, promovendo um aumento do seu desempenho/eficiência para aplicações específicas.
Desta forma, é demais evidente que indústrias dos sectores mencionados anteriormente, necessitem de uma forte investimento na engenharia de superfícies/revestimentos para melhorar as suas ferramentas e/ou produtos para competir num mercado global, que se torna cada vez mais inovador e focalizado nas estratégias de inovação eficiente e indústria 4.0.
Em atualização