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A 11ª edição da Coimbra Space Summer School (CSSS) decorreu durante três dias intensos de aprendizagem em torno do tema “Habitabilidade no Espaço”. O evento decorreu de 3 a 5 de setembro, no Instituto Pedro Nunes (IPN) e no Observatório Geofísico e Astronómico da Universidade de Coimbra (OGAUC), reunindo cerca de 40 participantes de 12 nacionalidades diferentes.
Entre os participantes, estiveram estudantes internacionais do Mestrado Conjunto Erasmus Mundus em Geociências Planetárias — GeoPlaNet, promovido pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidades de Coimbra (FCTUC), Universidade de Nantes (França) e Universidade Gabriele d’Annunzio di Chieti/Pescara (Itália). A estes juntaram-se empreendedores, investigadores e estudantes de diversas instituições de ensino superior portuguesas e europeias, que trouxeram para Coimbra uma diversidade de perspetivas e experiências.
A edição de 2025 caracterizou-se pelo ambiente multidisciplinar, com participantes oriundos de diversas áreas e trabalharam em 8 equipas, desenvolvendo ideias de negócio para os desafios da habitabilidade no espaço.
O programa contou com a participação de 10 oradores de referência no setor espacial, como Juan Nolasco (ESA), Hugo Costa (Agência Espacial Portuguesa), Ana Pires (INESC TEC), Pedro Pina (Universidade de Coimbra), Francesco Salese (Utrecht University), Nuno Peixinho e Ricardo Gafeira (OGAUC), Jorge Pimenta e Carla Duarte (IPN) e o astrofotógrafo Miguel Claro. Ao longo das sessões, estes especialistas exploraram temas como a medicina em gravidade zero, a arquitetura e engenharia espacial, os recursos minerais no espaço, a meteorologia espacial e o papel da imagem na comunicação científica.
No último dia, as equipas apresentaram os seus projetos em sessões de pitch perante um júri composto por Joana Afonso do IPN, Nuno Peixinho do OGAUC e João Fernandes da FCTUC.
A equipa vencedora foi a AQUANOVA, que respondeu ao desafio “Living in Mars”. A solução apresentada recorre a microalgas para culturas agrícolas no espaço e regeneração do ar, demonstrando o potencial das biotecnologias para assegurar condições de habitabilidade em ambientes hostis como Marte.
Uma menção honrosa foi atribuída à equipa PHANES, que trabalhou o desafio “Farming”. O grupo desenvolveu o Spireactor, um tubo de Spirulina modular e personalizável, concebido para sustentar a vida em Marte e contribuir para uma agricultura espacial adaptável.
A CSSS é uma escola de verão destinada a estudantes do Ensino Superior, investigadores, empreendedores e a todas as pessoas, que têm interesse na exploração da economia do espaço ou que pretendem desenvolver uma ideia de negócio que utilize a tecnologia espacial para aplicações terrestres. O evento incentiva os participantes a propor ideias, através da criação de serviços ou produtos inovadores que incorporem ativos espaciais.
A iniciativa anual, que mobilizou 14 membros da equipa organizadora, é organizada pelo Instituto Pedro Nunes (IPN), em parceria com o Observatório Geofísico e Astronómico da Universidade de Coimbra (OGAUC) e o Mestrado GeoPlaNet.